FAZENDO A DIFERENÇA

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Quanto você consegue dedicar de seu tempo para algum projeto social ou causa? Faz parte da sua vida dedicar algumas horas por semana ou por mês para outras pessoas além do seu círculo familiar e profissional?
Qual tem sido sua contribuição para as comunidades ao redor de sua casa ou pelo trajeto que você faz ou ainda que distantes de sua localização física, mas que tocam seu coração por algum motivo.  
Diariamente somos direcionados a pensar em nossas questões práticas, e acabamos deixando de lado pequenos gestos que podem colaborar para uma sociedade mais acolhedora.
A falta de tempo é apontada como principal motivo para não realizar algum tipo de voluntariado, e também a própria cultura de nossa sociedade incentiva o individualismo, ou quando possível ajuda a familiares e pessoas que possam estar em nosso restrito círculo de amigos, restringindo e muito nossa participação numa realidade mais digna e justa, que reflete e retorna diretamente para todos nós.
Nosso cotidiano é repleto de exemplos diários de pessoas precisando de assistência e acabamos tentando não nos sentir responsáveis e desviamos o olhar ou pensamos que o governo ou empresas tenham que resolver, mas que aquilo não é um problema nosso, muitas vezes fechando os olhos para a fome, o frio, a atenção a alguém que precisa, nem sempre de algo material, mas um pouco de atenção, interesse pela realidade daquela pessoa, alguns minutos podem fazer muito por quem se sente invisível.
Fazer algo pelo próximo pode trazer para você outra dimensão, além das conquistas financeiras, além dos cuidados com o corpo e satisfação profissional, uma realização que transcende qualquer expectativa além de servir e fazer diferença na vida de alguém além de nós mesmos.
Em vários países o voluntariado é incentivado e estimulado desde cedo, pequenas ações, nada muito grandioso, mas com seu talento e sua boa vontade, maior se torna essa corrente do bem, independente de religião, espiritualidade ou qualquer ganho que não seja ser útil e se tornar alguém mais pleno por pensar e agir no coletivo e não apenas como se fossemos únicos.
Solidariedade se não for natural muitas vezes só é reconhecida quando precisamos e descobrimos que a força está além do nosso controle e dependemos de outras pessoas, inclusive desconhecidos, para mudar algo, seja oferecendo uma vaga de trabalho, ou dedicando um tempo para te ouvir, ou doando sangue caso alguém próximo precise, ou mesmo dando um suporte quando você não tem a quem recorrer.
Quantas vezes você não precisou de alguém e recebeu ajuda e apoio, não apenas de pessoas interessadas em algo em troca, mas desapegadas de qualquer benefício próprio, apenas para transformar sua vida para melhor?
E caso você tenha tido a experiência em receber ajuda, já pensou em retribuir?
Nem sempre a pessoa que nos ajudou vai precisar de algo, mas oferecer e multiplicar o que recebemos pode trazer uma satisfação imensa e gerar um efeito tipo onda na vida de pessoas que talvez você sequer chegue a conhecer, mas que graças a sua atitude podem receber os efeitos de seu gesto.
Não estou sugerindo que você faça nada imenso, pode ser algo simples como buscar visitar hospitais para levar um pouco de alegria, ou recolher brinquedos e entregar em abrigos de crianças aguardando adoção, ou ler para um idoso ( às vezes até um parente seu esquecido, uma tia ou avó que você nunca consegue se dedicar), ou doando sangue quando estiver saudável, ou divulgando em redes sociais iniciativas idôneas ou mesmo fazendo algo bem simples como dar um lanche ou uma roupa ou 3 minutos de seu tempo para ouvir alguém em seu caminho, ou ainda doando notas fiscais sem CPF para onde e hospitais que revertam o imposto por mínimo que seja para amenizar os custos da instituição, ou digitando currículos para pessoas sem emprego, ou dedicando algumas horas para ensinar um ofício ou idioma para capacitar alguém em busca de trabalho, ou entregando em grupos sopas para moradores de rua, ainda buscando online novos modos de colaborar.
As vezes em sua atividade profissional você tem a oportunidade de influenciar pessoas ou realizar arrecadação de alimentos e roupas ou propor uma jornada de ação voluntária que incentive a mobilização da equipe, inclusive reforçando os vínculos entre vocês e descobrindo novas afinidades.
Muitas vezes não temos tempo simplesmente porque não entendemos a satisfação e possibilidades


CRISTINA RANDAZZO



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